Postagens

O alerta do IBGE sobre a queda de arborização em Belém/PB entre 2010 e 2022

Imagem
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na quinta-feira (17/04/2025), resultados do Censo Demográfico 2022 sobre as “Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios” dos municípios brasileiros. Entre as informações divulgadas figura o percentual de arborização das vias urbanas e outras áreas públicas nas cidades brasileiras. De acordo com os dados do IBGE, a cidade de Belém, no Agreste paraibano, perdeu 22,21% de arborização no intervalo de pouco mais de uma década. Enquanto em 2010 a arborização em vias e espaços públicos na cidade de Belém era de 90,6%, no ano de 2022 esse percentual caiu para 68,39%. Recorte do site do IBGE sobre arborização em Belém no ano de 2010: Recorte do site do IBGE sobre arborização em Belém no ano de 2022: A redução de arborização nas ruas, calçadas e outros espaços da cidade pode ser considerado um dos fatores pelo aumento da temperatura no perímetro urbano, pois, conforme matéria publicada pela Confederação Nacional de ...

Sítios arqueológicos com pinturas rupestres identificados no município de Belém/PB

Imagem
Pintura rupestre localizada no Sítio Grotão, município de Belém. Foto: Júnior Miranda. Ano 2007. O município de Belém, no Agreste paraibano, possui quatro sítios arqueológicos identificados até o momento, com pinturas rupestres em abrigos rochosos. Esses locais são importantes para compreender a evolução histórica da espécie humana. Por isso, é fundamental a preservação dos sítios arqueológicos existentes no nosso município. O que são Sítios Arqueológicos? São locais onde se encontram vestígios de atividades humanas, tais como pinturas rupestres, ruínas, artefatos, entre outros, com grande importância para a arqueologia e a história, pois permitem o estudo de antigas sociedades em seus diversos aspectos. Sítios Arqueológicos em Belém. As inscrições rupestres (pinturas) identificadas no município de Belém (Paraíba) estão localizadas nas comunidades rurais do Grotão, Camucá, Gameleira/Forquilha e Saboeiro. A maioria está protegida, parcialmente, das intempéries em abrigos rocho...

Proibido dançar samba e andar sem camisa pelas ruas da povoação de Belém, na Província da Parahyba do Norte

Imagem
Pessoas caminhando na feira livre de Belém, década de 1960. Foto: Autor desconhecido. Cinco mil réis. Este era o valor da multa –  aproximadamente cento e vinte e cinco reais na atualidade - para os habitantes de Belém e das demais povoações, como Serra da Raiz e Caiçara, subordinadas à antiga Vila da Independência, atual cidade de Guarabira, caso andassem sem camisa pelas ruas ou ousassem dançar samba. Era o que determinava o Código de Posturas do ano de 1883, no final do Segundo Reinado. Sancionada pelo então presidente (governador) da Província da Parahyba do Norte, José Ayres do Nascimento, a Lei 749 (Código de Posturas), de 15 de novembro de 1883, em seu artigo 78, deixava claro aos moradores dessas localidades que o samba estava proibido por ser uma “dança estrepitosa”. Também estavam proibidos “vozerias” e “altos gritos” durante o período noturno.  “Art. 78. E’ prohibido n’esta villa e povoações: § 1º Vozerias, sambas, ou outra qualquer dança estrepitosa. § 2° L...

Citação de Belém (Paraíba) na autobiografia do padre alemão Cristiano Muffler

Imagem
  Padre Cristiano Muffler, falecido em 2 de maio de 2016.  Autobiografia escrita por ocasião do recebimento do título de Cidadão Bananeirense aprovado no ano de 2014. “Nasci no dia 23 de junho de 1935 em Idashof, leste da Alemanha. Sou filho do agricultor VICTOR MUFFLER   e da professora HILTRUD MUFFLER. Com 10 anos de idade, em 1945, no fim da 2ª guerra mundial, tivemos que fugir do front da guerra que estava se aproximando. Isto se deu em pleno inverno rigoroso, com vários graus abaixo de zero. Perdemos nosso pai que foi levado pelo exército russo para os campos de concentração da Sibéria. Anos depois recebemos a notícia do seu falecimento. Minha mãe teve que voltar a pé para o lugar de origem apenas com uma mochila nas costas e 4 filhos pequenos, eu e minhas 3 irmãs mais novas. Nossa casa ficava no sítio e ninguém podia morar lá por causa da violência. Durante meses passamos muita necessidade, fome e frio. Depois recebemos a notícia de que essa parte da Alemanha se...

As quatro primeiras ruas de Belém (PB) nos registros oficiais de nascimentos da década de 1920

Imagem
Há quase 100 anos era aberto o primeiro livro de registro de nascimentos da então Povoação de Belém, pertencente ao território do município de Caiçara, no Estado da Paraíba. O Termo de Abertura ocorreu no dia 22 de setembro de 1925, na cidade de Guarabira, sede da Comarca, pelo Juiz Lauro Coelho d’Alverga, delegando a Afonso Astrogildo de Paula o cargo de Oficial do Registro Civil, como consta no referido documento (transcrito mantendo a grafia da época): Termo de abertura Servirá este livro typographicamente numerado e por mim aberto, rubricado e encerrado, para o “Registro de Nascimentos” occorridos na povoação de “Belém” do Termo de Caiçara, desta comarca, a cargo do respectivo official cidadão Affonso Astrogildo de Paula, no que para constar lavrei este termo que dato e assigno. Guarabira 22 de setembro de 1925. Lauro Coelho d’Alverga Juiz de Direito Interino Termo de Abertura do Livro de Registro de Nascimentos da Povoação de Belém (1925-1933). Fonte: Family Search. ...

O projeto da primeira ferrovia ligando a capital da Paraíba, Mamanguape e Belém (Gengibre) em 1873

Imagem
Vista aérea da cidade de Belém (Paraíba), com o distrito de Rua Nova ao fundo (2017). “PARAHYBA [...] – Fôra reprovado pela assembléia o contracto feito pelo anterior presidente com o Sr. José Alves Barbosa Junior, para a construcção de uma estrada de ferro de Mamanguape á Gengibre” (grafia da época). Com essa nota, o jornal pernambucano “A Província”, datado de 28 de outubro de 1873, noticiou a rejeição, pelos deputados provinciais da Paraíba, da 19ª legislatura, do primeiro projeto para a construção de uma ferrovia entre a cidade da Parahyba (atual João Pessoa) à Povoação de Gengibre (atual Belém), passando pela cidade de Mamanguape (Sobre o primeiro projeto, confira aqui ). Recorte do jornal pernambucano A Província, 1873. Embora o projeto tenha sido rejeitado, o grupo empresarial pernambucano, liderado por José Alves Barbosa Júnior, persistiu na empreitada pela busca de uma nova autorização para a construção da ferrovia, sendo concedida em 1881, oito anos depois do projeto origi...