A prestigiada inauguração do Armazém do comerciante belenense Eustáquio Pedrosa na década de 1950

Recorte do jornal O Norte, 22 de julho de 1953. Fonte: Hemeroteca Digital.

Arrojada iniciativa, marcante acontecimento, empreendimento de grande alcance, iniciativa audaciosa... Com esses adjetivos, o jornal paraibano “O Norte” noticiou, na edição de 22 de julho de 1953, a inauguração do Armazém do comerciante belenense Eustáquio Gomes de Pedrosa, distribuidor do famoso querosene “Jacaré” e da gasolina “Esso”.

Instalado à Praça Álvaro Machado, n. 63, um dos endereços mais famosos e caros da Capital João Pessoa, o Armazém de “estivas em grosso”, do comerciante Eustáquio Pedrosa, foi inaugurado ao sabor de taças de champanhe e com a presença de autoridades políticas, religiosas e financeiras do Estado da Paraíba.


Recorte do jornal O Norte, 22 de julho de 1953. Fonte: Hemeroteca Digital.

“Constituiu marcante acontecimento em nossos círculos comerciais a instalação, ontem, de mais um armazém de estivas em grosso, de propriedade do sr. Eustáquio Gomes Pedrosa, conhecido comerciante estabelecido em praças do interior do Estado. [...] Com a presença inúmeras figuras de destaque do mundo comercial desta praça, pouco mais ou menos às 10, o sr. João Brasil de Mesquita, gerente do Banco do Estado da Paraíba, a convite do sr. Eustáquio Gomes Pedrosa, cortou a fita simbólica que vedava a entrada do novo armazém. Após esse ato, o Padre Fernando Abath, acompanhado  das pessoas presentes, abençoou todo o armazém, predizendo-lhe um futuro feliz.”, destacou a matéria.

Recorte do jornal O Norte, em 22 de julho de 1953, com anúncio do Armazém do comerciante Eustáquio Gomes Pedrosa. Fonte: Hemeroteca Digital.

“Em seguida – [prossegue a matéria do jornal O Norte] - o sr. Eustáquio Gomes Pedrosa, já bastante relacionado em nosso circuitos financeiros em consequência das diversas transações comerciais que o tem obrigado a manter íntimo contacto com as esferas econômicas de nossa capital, ofereceu a todas as pessoas presentes uma taça de champagne, tendo recebido, nessa ocasião, inúmeras felicitações.”

Mais adiante, o jornal destaca o discurso do representante do empreendimento, o Sr. Cleto Cunha, o qual “enalteceu, então, a inciativa do sr. Eustáquio Gomes Pedrosa, deixando ver que se tratava de um empreendimento de grande alcance, pois contribuía, assim, para desenvolver o comércio nordestino, muito particularmente, da Paraíba. Aquela organização de estivas em grosso do representante do querozene “Jacaré” e da “gazolina Esso” [...]”.

Recorte do jornal O Norte, em 3 de abril de 1956, com anúncio do Armazém do comerciante Eustáquio Gomes Pedrosa, com destaque para o "estoque permanente do afamado ARROZ BREJO, único que tem vitamina". Fonte: Hemeroteca Digital.

Por fim, “as instalações do novo armazém de estivas em grosso causou boa impressão a todos que tiveram a oportunidade de observá-lo, verificando-se que suas acomodações eram amplas e confortáveis.”

Recorte do jornal O Norte, datado de 22 de dezembro de 1956, com publicidade de Natal e Ano Novo do Armazém do comerciante Eustáquio Gomes Pedrosa. Fonte: Hemeroteca Digital.

O comerciante Eustáquio Gomes Pedrosa pertencia à tradicional família Gomes Pedrosa, com atuação no comércio e na política belenense, sendo irmão de Feliciano Gomes Pedrosa, pai do ex-prefeito de Belém e comerciante Rodolfo Gomes Pedrosa (mandato de 1963 a 1967), o qual era proprietário de uma despolpadora de arroz, atualmente em ruínas, na entrada do distrito de Rua Nova, no município de Belém.

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